Eu escrevo. Escrevo para mim, nunca para os outros, escrevo com
linhas tortas e letras incompreensíveis na maioria das vezes (talvez
esteja aí a raiz de todos os problemas, raramente me faço entender), mas
escrevo. Escrevo como um grito no vácuo, um tiro pro alto. Se a bala acertar em
alguém, nesse caso fico até feliz. Em suma, escrevo para nada e para ninguém.
Escrevo talvez na tentativa de espantar
demônios ou alimentar os fantasmas de mim que andam por aí, fantasmas
jornalistas, publicitarias e quem sabe até fantasmas professoras de inglês...
Fantasmas que não sofrem dramas adolescentes, que conhecem e visitam Nova
Iorque com frequência e quem sabe, se tiver sorte, fantasmas que não sofrem de
TPM. Fantasmas de tudo que eu já quis e ainda quero ser/fazer. Fantasminhas
camaradas, esperançosos talvez seja a palavra certa. Rondam por aí na esperança
de se tornarem reais os fantasmas das minhas ânsias.
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