"O amor é importante, porra", é o que diz um dos muros de uma rua no centro da minha cidade e, tenho certeza, de muitas outras. Passo por esse muro todos os dias, mas nunca tinha reparado nele, até hoje, pela manhã.
Minha cabeça anda ocupada demais para um final de ano, ao invés de relaxar estou tentado (Pausa nº1: sem sucesso, diga-se de passagem), por em pauta todos os os problemas desse ano e fazendo o possível para que eles se façam menores e caibam na minha caixa de lembranças, o objetivo final é entrar em 2014 sem problemas passados.
Mas não hoje, hoje eu resolvi dar uma pausa e realmente prestar atenção ao caminho casa-trabalho-trabalho-casa.
Tudo bem, tudo bem, é só uma rua, eu sei. (Pausa nº2: Sim, eu trabalho do outro lado da rua, em frente ao meu apartamento). É só uma rua, mas milhões de destinos podem se cruzar em apenas esse espaço.
Sou do tipo romântica-boba, que se finge de cética mas no final, em segredo, deseja esbarrar com o amor da sua vida em um esquina qualquer, ou na fila de uma padaria. Culpo meus pais por isso, se conheceram em um terminal de ônibus e estão casados há quase trinta anos, algo que para mim, é invejável.
Parei no meio da multidão que passa pelo centro na época do natal e fiquei pensando no quão importante o amor é para todas as pessoas que passam por aquela esquina todos os dias e, assim como eu, não notavam o grito em forma escrita que estava ali.
Pode ser falta de amor misturado com pressa, foi o meu primeiro pensamento, mas depois me ocorreu: Por que não pode ser a sobra de amor? Aquele amor exagerado, que cega, que faz com que o resto do mundo não exista, que não existam muros, não existam ruas, aquele tipo de amor que por si só já basta.
Sempre quis me apaixonar cegamente, algo que fizesse meu coração quase transbordar, ainda não aconteceu, mas fico me perguntando... Quando acontecer, será um problema?
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