Ontem me perguntaram se eu me arrependo de ter reprovado um ano no colégio.
Confesso que não fico pensando muito nisso, claro que bate uma tristezinha, algo do tipo "poxa, eu poderia estar na faculdade agora..." mas me conforto com a certeza de que em um mundo paralelo, um de meus fantasmas estudou para aquela última prova de química e passou pela oitava série sem muito drama, ao contrário do que eu fiz.
Logicamente que a Juliana da época não pensou nisso, aliás, até hoje não consigo entender porque a Juliana da época fez tudo, menos pensar.
Não sei se é porque estou mais velha, mas hoje em dia penso muito mais nos efeitos colaterais dos meus atos do que pensava antigamente.
Hoje está fora de cogitação reprovar um ano no colégio, e arrependimentos são evitados ao máximo.
Minha mãe sempre me diz: Se arrependa do que fez, não do que não fez - talvez como um estimulo para que eu abrace todas as oportunidades e não pense demais nelas, talvez só alguma frase bonita que ela leu por aí.
Mas, por fim, eu decidi então que não vale a pena chorar pelo leite derramado, que águas passadas não movem moinhos e que o que passou passou. Ok, quem sabe não tenha sido eu quem decidiu isso tudo, mas adotar essa filosofia de vida foi realmente ideia minha.
Arrependimento não vale o tempo que se é gasto com ele, isso acho que a Juliana de antigamente, preguiçosa como sempre foi, sabia.
Pensar em arrependimento gera preguiça de desperdiçar o tempo com isso, e desse assunto, a Juliana de hoje que conta os minutos que perdeu dando um suspiro longo, entende bastante.
O problema do arrependimento é que ele remói os atos passados, expõe as feridas e explora os sentimentos mais ocultos, para um sábado chuvoso, no meio da tarde, pensar nisso pode ser reconfortante, mas em plena a quarta-feira, fica aqui meu muito obrigado, mas recuso esse tipo de flashback,
Texto muito bom ;).
ResponderExcluirIdeias melhores ainda. heh.
Parabéns!
Sempre acompanho =D