De repente me vi diferente, comecei a me interessar por esmaltes, maquiagens e garotos. Minhas Barbies foram doadas e meus CD's da Eliana e Sandy & Júnior foram parar em caixas no fundo do armário.
Me vi sem chão algumas vezes, na beira do penhasco, nada do que eu acreditava se fez válido em algumas situações. Tive que colocar fé no meu taco, acreditar em mim mesma e mudar.
Deu certo, sobrevivo a adolescencia, com alguns arranhões e acredito que eu só precisava, na verdade, crescer.
Tinha que amadurecer, não queria mais viver em função de outras pessoas, tinha cansado de ser antagonista da minha própria história, precisava fazer alguma coisa para reverter aquilo.
(...)
Então, o problema começou quando eu resolvi mudar, e mudei. Me desapeguei de tudo, mudei minha personalidade, meus gostos e desgostos, fiquei mais fria, parei de dar importância a opinião dos outros, vestia uma "máscara social" quando saia de casa, sorria para todos, mesmo que estivesse aos prantos por dentro. Comecei a expor minha opinião, perdi um pouco de noção, perdi amigos, ganhei inimigos, não me abri com mais ninguém, afinal, a única pessoa que precisava saber dos meus problemas, era eu mesma. Não disse mais "eu te amo" para quem eu não, de fato, amava. Aprendi a não confiar em ninguém, fiz tudo da maneira que julgava certa.
Eu achava que isso seria a conclusão do meu problema, me dei muito mal. Decepcionei muita gente. Aprendi e foi aí que o problema começou: Eu, finalmente, CRESCI.
27 de fev. de 2013
20 de fev. de 2013
EGOÍSMO HAWAIIANO
Engenheiros do Hawaii é o verdadeiro nome do meu problema. Banda fundada nos anos 80 em PoA, acabou dando "um tempo" em 2007 e nunca mais voltou, embora o vocaliza/alma/integrante fixo tenha feito outros projetos (Pouca Vogal e o em breve lançado Humberto Gessinger - carreira solo) o gostinho de "quero mais" nunca foi embora.
Conheço a banda desde 1995, quando ainda era um pequeno e fofo feto. Meu pai costumava colocar fones de ouvindo na barriga enorme de minha mãe para me fazer "ouvir" Engenheiros quando eu estava muito.. Agitada, podemos assim dizer (PS: Fontes seguras afirmam que isso funcionava, como ainda funciona. Me acalma de um jeito inexplicavel).
A primeira música que aprendi a letra foi "O Papa É Pop" que, na minha pequena mente de 5 anos era "O papai é pobre" e assim foi... As músicas do Engenheiros embalaram, se não todos, a maioria dos momentos memoráveis da minha vida, o que acabou criando entre mim e a banda uma relação muito forte. Quem escuta Engenheiros e analisa as letras, praticamente me vê nua, descobre meu íntimo, viaja no meu passado, me vê de verdade, conhece meus medos e cruza com o melhor de mim escondido em cada verso.
O problema de verdade foi quando, aos 11 anos, tive que tentar mudar essa concepção. Fui ao primeiro show da banda. Até então, eu achava que Engenheiros tinha sido criada para mim, para meu béu prazer e só eu, somente eu (meu pai e irmão mais velho também, por tabela) poderíamos escutar a tal obra divina que são as leras/músicas da banda. O teatro tinha lotado. Mais de 1.000 pessoas estavam lá, gritando para o MEU ídolo, cantando a MINHA vida. Aquilo foi estranho demais pra mim, eu não soube lidar. Não soube dividir e principalmente, não soube entender que eu, talvez, não fosse a única que tivesse esse tipo de ligação com a banda.
Depois disso, durante anos, quando me perguntavam "Qual sua banda preferida?" eu não respondia, soltava um "Ah, eu não tenho, gosto de várias". Puro egoísmo. Não gosto nem que terceiros saibam da existência da banda, não gosto de dividir a genialidade Gessingeriana com mais ninguém, já fazem 17 anos, e eu ainda não aprendi, não gosto de outras pessoas cantando minha vida, revirando meu passado e meus sentimentos, isso, pra mim, é o que a banda é. E tenho a certeza de que, a maioria da população mundial, não entenderia de verdade tamanha GENIALIDADE que existe por trás de Engenheiros do Hawaii.
Talvez seja esse o problema, existem pessoas demais no mundo e a maior parte não sabe o que é "trottoir".
13 de fev. de 2013
A ROTINA
Confesso que acho as promessas e pensamentos de começo de ano letivo muito engraçadas.
"Esse ano eu vou estudar" "Esse ano vai ser diferente" "Esse ano não vou pegar nenhuma recuperação" "Esse ano vou me concentrar".
Não que eu não as faça, porque faço, todo Fevereiro é a mesma coisa.. Lá por Maio já desisto de tudo e me conformo com o fato de ter que fazer uma ou duas provas a mais.
Acontece que cansei dessa rotina. Não sei a que devo isso, mas a vontade de re-programar minha rotina cresceu 200%, ou será que fui eu quem cresceu 200%? Ta aí o problema, não consigo saber.
"Esse ano eu vou estudar" "Esse ano vai ser diferente" "Esse ano não vou pegar nenhuma recuperação" "Esse ano vou me concentrar".
Não que eu não as faça, porque faço, todo Fevereiro é a mesma coisa.. Lá por Maio já desisto de tudo e me conformo com o fato de ter que fazer uma ou duas provas a mais.
Acontece que cansei dessa rotina. Não sei a que devo isso, mas a vontade de re-programar minha rotina cresceu 200%, ou será que fui eu quem cresceu 200%? Ta aí o problema, não consigo saber.
6 de fev. de 2013
O GERÚNDIO
"O gerúndio é usado basicamente para transmitir a ideia de processo, de algo em curso, de algo que dura."
Desde que fui apresentada às formas nominas, o gerúndio foi a que mais me encantou, poder expressar que estava dando continuidade em algo me deixava fascinada, principalmente quando o assunto era você.
Gostava da nossa continuidade, estávamos amando, tentando e gostando de tudo aquilo.
O problema de verdade apareceu quando o gerúndio deixou de ser, foi embora, como você foi e como eu também fui.
Gerúndio deixa de ser encantador quando passa a ser particípio.
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