27 de fev. de 2013

QUANDO TUDO MUDA

De repente me vi diferente, comecei a me interessar por esmaltes, maquiagens e garotos. Minhas Barbies foram doadas e meus CD's da Eliana e Sandy & Júnior foram parar em caixas no fundo do armário.
Me vi sem chão algumas vezes, na beira do penhasco, nada do que eu acreditava se fez válido em algumas situações. Tive que colocar fé no meu taco, acreditar em mim mesma e mudar.
Deu certo, sobrevivo a adolescencia, com alguns arranhões e acredito que eu só precisava, na verdade, crescer.
Tinha que amadurecer, não queria mais viver em função de outras pessoas, tinha cansado de ser antagonista da minha própria história, precisava fazer alguma coisa para reverter aquilo.
(...)
Então, o problema começou quando eu resolvi mudar, e mudei. Me desapeguei de tudo, mudei minha personalidade, meus gostos e desgostos, fiquei mais fria, parei de dar importância a opinião dos outros, vestia uma "máscara social" quando saia de casa, sorria para todos, mesmo que estivesse aos prantos por dentro. Comecei a expor minha opinião, perdi um pouco de noção, perdi amigos, ganhei inimigos, não me abri com mais ninguém, afinal, a única pessoa que precisava saber dos meus problemas, era eu mesma. Não disse mais "eu te amo" para quem eu não, de fato, amava. Aprendi a não confiar em ninguém, fiz tudo da maneira que julgava certa.
Eu achava que isso seria a conclusão do meu problema, me dei muito mal. Decepcionei muita gente. Aprendi e foi aí que o problema começou: Eu, finalmente, CRESCI.

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