Essa noite eu tive uma crise de risos enquanto tomava banho.
De repente, lembrei de uma piada horrível que foi contada por um amigo meu, há uns 4 ou 5 anos atrás, e ri como fazia algum tempo que não ria. Essa lembrança desencadeou outra, que levou a outra e depois mais outra e outra e outra....
Quando percebi, eu estava em pé no mesmo box que estou todos os dias pela manhã e à noite mas, pela primeira vez desde que me lembro, eu estava... Feliz.
Não vou falar que minha vida tem estado completamente normal ou feliz nos últimos meses, porque não está. Um dos meus auto-acordos quando criei o blog foi "nunca mentir" então apenas vamos dizer que 2013, até agora, não tem sido lá o meu melhor ano...
Mas estou sobrevivendo, quero dizer, essa é a última quarta-feira do quinto mês do ano, e olhem só... Estou inteira. Talvez com alguns arranhões, queimaduras de segundo grau e uns 23 pontos em algumas partes, mas estou bem.
Bem o suficiente para ter uma crise de risos ocasional, vinda do reino de tão tão tão distante, aquele que é divisa com a vila da "Ei, a vida pode ser boa!", que é bem pertinho do vale da esperança, que se você cruzar com muito cuidado, consegue ver o morro do "Antes tarde do que nunca"
Talvez o problema de tudo tenha sido que esqueci de viver nos últimos meses e não prestei atenção nesses mero detalhes.
29 de mai. de 2013
22 de mai. de 2013
EU.
Me acusaram de escrever sobre coisas que eu não sei, como o amor e as regras gramaticais. Resolvi entrar de cabeça nessa onda e escrever sobre algo que eu não faço a menor ideia do que seja: Eu.
Sou o segundo resultado da união de um economista com uma professora de história. Os dois se conheceram em um terminal de ônibus em Curitiba, namoraram por dois anos, casaram e tiveram um filho, meu excelentíssimo irmão mais velho, Eduardo. Sete anos depois disso, eu nasci, 3 kg e alguma coisa, sem nenhum fio de cabelo ou sobrancelha.
Nasci e fui criada em Curitiba em um bairro que eu, até hoje, amo. Frequentei a mesma escola católica de fevereiro de 1999 à dezembro de 2010, e tirei muito dos ensinamentos que tive lá para formar o meu caráter.
Quando era uma criança, usava cabelo chanel na altura da orelha, era gordinha e por isso, estava sempre com roupinhas mais largas, e tinha os dentes tortos. Minha mãe jura de pé junto que era uma fofura mas, até hoje, eu não sei como consegui ter tantos amigos.
Eu falava muito quando era mais nova, era simpática, sorria e fazia amizades facilmente, adorava brincar com todos, por esse meu jeitinho espoleta, sempre tive mais amigos do sexo masculino. As garotas não entendiam como eu conseguia perder os sapatos das minhas Barbies e sempre vinham com um "Como assim, você não tem um boneco do Ken? Com quem sua Barbie vai namorar?" Eu tenho um irmão mais velho, minhas Barbies namoravam com os soldados e bonequinhos de luta que ele tinha. Muito mais másculos do que um Ken surfista.
Como, por 11 anos, eu frequentei o mesmo colégio, foi fácil de manter as amizades. O problema se deu em 28/12/2010, quando eu, oficialmente, me mudei para Joinville.
Foi uma mudança radical, apesar de serem apenas um estado e 110km de distância, quando pego o ônibus para uma "volta para a casa" de um final de semana, penso em como esses poucos quilômetros parecem um mundo.
Perdi muita coisa na mudança. Caixas, roupas, sapatos, contato e alguns amigos.
Demorei pra me adaptar, era calor de mais, longe de mais da minha realidade e mais: O apartamento era extremamente gigante.
Já fazem quase 3 anos que me mudei e ainda tenho 2 caixas de coisas para serem guardadas.
Algumas pessoas dizem que os filhos se assemelham com os pais, então, comigo não poderia ser diferente, meu pai gosta de Rock Brasileiro e minha mãe de música sertaneja, o que sobrou para mim? Uma playlist que começa em Capital Inicial, passa por Zezé de Camargo e Luciano e acaba em Jason Mraz, acredito que música é música, independente do estilo, serve para unir as pessoas.
Desde que eu me lembro, sempre fui desastrada e desatenta, o que, ao longo de 17 anos, já me rendeu alguns arranhões, queimaduras, deslocamentos e por aí vai...
Costumava achar que meu problema era ser explosiva demais, mas descobri que não é. O problema é que sou intensa demais, gosto de palavras que acabam com "ÃO", gosto de fins de tarde e, lá no fundo.. Eu gosto muito de ter meus problemas.
Sou o segundo resultado da união de um economista com uma professora de história. Os dois se conheceram em um terminal de ônibus em Curitiba, namoraram por dois anos, casaram e tiveram um filho, meu excelentíssimo irmão mais velho, Eduardo. Sete anos depois disso, eu nasci, 3 kg e alguma coisa, sem nenhum fio de cabelo ou sobrancelha.
Nasci e fui criada em Curitiba em um bairro que eu, até hoje, amo. Frequentei a mesma escola católica de fevereiro de 1999 à dezembro de 2010, e tirei muito dos ensinamentos que tive lá para formar o meu caráter.
Quando era uma criança, usava cabelo chanel na altura da orelha, era gordinha e por isso, estava sempre com roupinhas mais largas, e tinha os dentes tortos. Minha mãe jura de pé junto que era uma fofura mas, até hoje, eu não sei como consegui ter tantos amigos.
Eu falava muito quando era mais nova, era simpática, sorria e fazia amizades facilmente, adorava brincar com todos, por esse meu jeitinho espoleta, sempre tive mais amigos do sexo masculino. As garotas não entendiam como eu conseguia perder os sapatos das minhas Barbies e sempre vinham com um "Como assim, você não tem um boneco do Ken? Com quem sua Barbie vai namorar?" Eu tenho um irmão mais velho, minhas Barbies namoravam com os soldados e bonequinhos de luta que ele tinha. Muito mais másculos do que um Ken surfista.
Como, por 11 anos, eu frequentei o mesmo colégio, foi fácil de manter as amizades. O problema se deu em 28/12/2010, quando eu, oficialmente, me mudei para Joinville.
Foi uma mudança radical, apesar de serem apenas um estado e 110km de distância, quando pego o ônibus para uma "volta para a casa" de um final de semana, penso em como esses poucos quilômetros parecem um mundo.
Perdi muita coisa na mudança. Caixas, roupas, sapatos, contato e alguns amigos.
Demorei pra me adaptar, era calor de mais, longe de mais da minha realidade e mais: O apartamento era extremamente gigante.
Já fazem quase 3 anos que me mudei e ainda tenho 2 caixas de coisas para serem guardadas.
Algumas pessoas dizem que os filhos se assemelham com os pais, então, comigo não poderia ser diferente, meu pai gosta de Rock Brasileiro e minha mãe de música sertaneja, o que sobrou para mim? Uma playlist que começa em Capital Inicial, passa por Zezé de Camargo e Luciano e acaba em Jason Mraz, acredito que música é música, independente do estilo, serve para unir as pessoas.
Desde que eu me lembro, sempre fui desastrada e desatenta, o que, ao longo de 17 anos, já me rendeu alguns arranhões, queimaduras, deslocamentos e por aí vai...
Costumava achar que meu problema era ser explosiva demais, mas descobri que não é. O problema é que sou intensa demais, gosto de palavras que acabam com "ÃO", gosto de fins de tarde e, lá no fundo.. Eu gosto muito de ter meus problemas.
15 de mai. de 2013
COMERCIAL DE SONHO DE VALSA
As surpresas da vida são engraçadas.
Sempre gostei de imprevistos e, principalmente, de improvisos. As coisas que acontecem quando não esperamos são encantadoras.
Me peguei pensando nisso enquanto assistia televisão em um final de tarde preguiçoso, no intervalo de algum programa que dissertava sobre como podemos arrumar o guarda-roupas com pequenas caixas e divisórias, o comercial do bombom Sonho de Valsa começou e chamou minha atenção. Um casal teve seu encontro e, na hora da despedida, não teve nenhum beijo, a moça subiu as escadas decepcionada e quando tirou a jaqueta, um Sonho de Valsa caiu de seu bolso, ela correu para a janela e viu que seu amado estava encostado no carro, olhando para ela e sorrindo, ela desce correndo as escadas do prédio, o abraça, e eles se beijam. Dei um sorriso quando a propaganda acabou, achei incrível como aquilo tinha sincronizado perfeitamente com o pensamento que tive enquanto aprendia como as meias podem ser dobradas para que nunca perdêssemos os pares.
Se surpreender com as pessoas, esta aí uma coisa que eu adoro. Com o tempo, aprendi que não devo esperar muito, mas, nos últimos dias estou acreditando que um telefonema no meio da madrugada pode criar um novo caminho a ser seguido e o som de uma risada pode ser a luz no final de um túnel.
Droga, será que um problema novo acabou de começar?
Sempre gostei de imprevistos e, principalmente, de improvisos. As coisas que acontecem quando não esperamos são encantadoras.
Me peguei pensando nisso enquanto assistia televisão em um final de tarde preguiçoso, no intervalo de algum programa que dissertava sobre como podemos arrumar o guarda-roupas com pequenas caixas e divisórias, o comercial do bombom Sonho de Valsa começou e chamou minha atenção. Um casal teve seu encontro e, na hora da despedida, não teve nenhum beijo, a moça subiu as escadas decepcionada e quando tirou a jaqueta, um Sonho de Valsa caiu de seu bolso, ela correu para a janela e viu que seu amado estava encostado no carro, olhando para ela e sorrindo, ela desce correndo as escadas do prédio, o abraça, e eles se beijam. Dei um sorriso quando a propaganda acabou, achei incrível como aquilo tinha sincronizado perfeitamente com o pensamento que tive enquanto aprendia como as meias podem ser dobradas para que nunca perdêssemos os pares.
Se surpreender com as pessoas, esta aí uma coisa que eu adoro. Com o tempo, aprendi que não devo esperar muito, mas, nos últimos dias estou acreditando que um telefonema no meio da madrugada pode criar um novo caminho a ser seguido e o som de uma risada pode ser a luz no final de um túnel.
Droga, será que um problema novo acabou de começar?
8 de mai. de 2013
NÓS
Foi em uma madrugada fria e de lua cheia que eu percebi que, mesmo contra a minha vontade, ainda era você.
A casa agora cheirava a lavanda, meu aroma preferido, o que me incomodou e fez lembrar de quando isso era quebrado pelo cheiro do cigarro que você acendia, se acomodava no meu colo e me ouvia reclamar sobre a fumaça que tomaria conta das cortinas da sala, aquelas que, depois de muita discussão, resolvemos que combinaria com a cor do nosso sofá.
Me encostei na parede que dividia a sala com a cozinha e ali fiquei, olhei a minha volta... A mobília da casa era nova, os papéis de parede também e o mesmo se dava para a cor do meu cabelo. Tudo estava ajustado para uma vida sem você, ou pelo menos era aquilo que eu queria que estivesse acontecendo.
Fui preparar um café. Quatro colheres de Nescafé, duas de açucar, 250ml de leite desnatado aquecido durante dois minutos e exatos treze segundos no microondas. "Eu te amo e . final" era o que dizia a caneca que me dera no nosso último aniversário de namoro e, naquele instante, me pareceu reconfortante usa-lá.
Voltei para a sala e me debrucei no parapeito da janela, encarei a lua por algum tempo e me perguntei se, em algum lugar, mais ou menos 210km longe de onde eu estava, você também estava sentindo falta.
Pensei em te ligar, a ideia de ouvir sua voz me confortava, mas a certeza de que tudo iria acabar em discussão me fez desistir.
Fico então nesse dilema, há tempos eu venho escrevendo sobre alguns problemas, mas nenhum deles me leva até a solução do principal de todos eles, o que anda tirando o meu sono já faz tanto tempo... Qual foi o NOSSO problema?
Por algum tempo, eu culpei a distância entre nós pelo fracasso do nosso relacionamento, mas hoje eu pensei se isso era mesmo justo. Brigávamos quando havia distância e quando não havia também, mas quando era para nos resolvermos... Nossa reconciliação era sempre a melhor, cheguei a pensar que algumas das nossas inúmeras brigas foram apenas para a bandeira branca ser levantada no final das contas.
Para ser mais sincera do que deveria, acho que o problema se deu pela falta de dosagem de ambas as partes, nós não sabíamos como dosar tudo aquilo que fomos, queríamos nos gabar da nossa forma auto-suficiente de amor e, no fim, acabamos com ela.
1 de mai. de 2013
S.
Ano passado, eu conheci uma garota. (Vou chama-la de S. enquanto estiver contando essa história.)
A S. é o tipo de garota que todas as outras odeiam. S. é linda, de um modo até meio ofensivo para as outras pessoas do mundo. Ela é loira, alta, tem olhos azuis, um sorriso lindo com dentes perfeitamente brancos e alinhados, um corpo que dispensa comentários e, para fechar o pacote, tem covinhas nas bochechas. A S. já chama a atenção naturalmente, mas, não satisfeita com isso, ela ainda anda cheia de amigos para todos os lados, tem uma risada um tanto quanto alta e escandalosa, sempre, eu disse SEMPRE, está com algum garoto por perto e aparenta ser confiante e muito feliz.
Confesso que fazia parte da facção de odiadoras da S. e, se fosse escrever esse texto há alguns meses atrás, poderia até listar 34 motivos pelos quais eu não gostava dela.
Porém, nessa exata noite de segunda-feira, enquanto escrevo esse texto, eu só consigo pensar em um motivo: Eu não a conhecia.
Eu e S. temos alguns amigos em comum, minha melhor amiga e ela, por exemplo, são bastante próximas, o que acabou me aproximando dela também, por tabela.
O ponto onde quero chegar é o seguinte... Em uma certa manhã, vi a S. sentada sozinha, em um canto da cafeteria de onde estudamos, achei estranho e me aproximei para conversar. Ela estava chorando.
Confesso que no fundinho, senti uma certa felicidade de ver a cara dela borrada de maquiagem e perceber que "Oh meu Deus, ela é normal!!!", mas foi passageiro, meu coração mole me fez abraça-la e perguntar logo o que estava acontecendo.
S. cansou de ser S. e, em prantos, ela me contou tudo que estava acontecendo. Disse sobre sua relação difícil com seus pais, sobre como é complicado saber se os garotos estão com ela porque realmente há sentimento, ou porque querem apenas sexo e que ela não é tão feliz e confiante quanto parece, tem problemas com a alimentação e por muito tempo sofria de depressão por não ter nenhum amigo.
Me senti mal pela S. e lembrei de todos os comentários maldosos que já ouvi e, confesso, fiz a respeito dela.
O principal problema disso tudo, é que julgamos sem conhecer, acreditamos no que uma imagem e uma aparência nos passa, o que nem sempre corresponde à realidade.
Ainda citando a S. como exemplo disso. Se estivesse escrevendo esse texto há alguns meses atrás, não poderia terminar contando que S. e eu agora somos amigas, do tipo confidentes, do tipo que chora junto, canta junto, ri junto... Do tipo que faz eu me arrepender de ter passado tanto tempo na ignorância de acreditar em aparências.
Eu e S. temos alguns amigos em comum, minha melhor amiga e ela, por exemplo, são bastante próximas, o que acabou me aproximando dela também, por tabela.
O ponto onde quero chegar é o seguinte... Em uma certa manhã, vi a S. sentada sozinha, em um canto da cafeteria de onde estudamos, achei estranho e me aproximei para conversar. Ela estava chorando.
Confesso que no fundinho, senti uma certa felicidade de ver a cara dela borrada de maquiagem e perceber que "Oh meu Deus, ela é normal!!!", mas foi passageiro, meu coração mole me fez abraça-la e perguntar logo o que estava acontecendo.
S. cansou de ser S. e, em prantos, ela me contou tudo que estava acontecendo. Disse sobre sua relação difícil com seus pais, sobre como é complicado saber se os garotos estão com ela porque realmente há sentimento, ou porque querem apenas sexo e que ela não é tão feliz e confiante quanto parece, tem problemas com a alimentação e por muito tempo sofria de depressão por não ter nenhum amigo.
Me senti mal pela S. e lembrei de todos os comentários maldosos que já ouvi e, confesso, fiz a respeito dela.
O principal problema disso tudo, é que julgamos sem conhecer, acreditamos no que uma imagem e uma aparência nos passa, o que nem sempre corresponde à realidade.
Ainda citando a S. como exemplo disso. Se estivesse escrevendo esse texto há alguns meses atrás, não poderia terminar contando que S. e eu agora somos amigas, do tipo confidentes, do tipo que chora junto, canta junto, ri junto... Do tipo que faz eu me arrepender de ter passado tanto tempo na ignorância de acreditar em aparências.
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