Quem me conhece sabe que organização com certeza não é meu forte.
Consigo enxergar o chão do meu quarto por completo apenas uma vez por semana, meus textos estão espalhados por todos os cantos da casa e do meu computador e nem vou entrar nos detalhes sórdidos da minha mesa e gavetas no trabalho. Chega a ser constrangedor, mas, por algum motivo, eu não consigo mudar.
Vi em algum lugar um pesquisa que diz que uma mesa de trabalho bagunçada, ajuda no raciocínio e desempenho, uma vez que várias idéias estão espalhadas à sua frente, é mais fácil pensar nelas. Não sei se foi apenas para mim que isso fez total sentido, já que sou uma bagunceira assumida, mas essa ideia de olhar os problemas de fora para procurar uma solução parece legal, porém, como tudo, tem seus dois extremos.
O olhar de fora pode nos levar a uma solução genérica, sem levar em conta pontos importantes de decisões que deveriam ser tomadas, mas quando estamos presos dentro do problema, nos cegamos pela ânsia de resolve-los.
Julgar a grama do vizinho parece sempre mais interessante do que pegar o cortador e tentar fazer algo pelo nosso próprio jardim.
Talvez o problema seja que tudo fica mais fácil a coragem que uma certa distância nos dá.
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