5 de mar. de 2014

UM TCHAU

Cansei de escrever sobre fins e começos por aqui, mas desta vez não tem como fugir.
Nesta sexta-feira uma fase vai chegar ao fim. Foi algo que durou mais de um ano, e será "destruído" em poucas horas, ou será que não?
É engraçado como o sólido facilmente se desfaz em nossa frente mas o significado por trás dele fica, é como o World Trade Center, demorou cerca de seis anos para ser construído, foi ao chão em menos de 2 horas, e mais de dez anos depois, o local ainda guarda marcas e memórias do acontecido.
O meu período de estágio no banco, não foi nem um pouco fácil, todos os 518 dias foram como novos desafios, uma troca justa, eu dei o melhor de mim e recebi em troca muito aprendizado, coisas além do ambiente bancário, aprendi a trabalhar com uma equipe e mesmo assim, aprendi a ter independência e "peito" pra bater de frente por aquilo que eu achei certo durante todo esse tempo. 
Um pedaço de papel formalizava e fazia por sólio o trato que era verbal, uma troca de favores além de qualquer contrato, uma questão de cumplicidade que o tempo fez questão de formar, uma equipe enorme que tomou enorme tempo e dedicação. 
Conheci muita gente nesse meio tempo, vi muita gente chegando, muita gente indo embora, muita gente que ama o que faz e muita gente que apenas precisava estar lá, aprendi a lidar bem com idas e vindas e a usar minhas máscaras sociais, aprendi a ter calma e me colocar no meu lugar e também, uma coisa que considero importante demais, aprendi a lidar com as pessoas. 
Numa tarde quente de novembro, eu passei pela porta giratória pela primeira vez, e não tinha ideia da proporção que iria tomar. Eu não fazia ideia que aquilo ia mudar quem eu sou, mas olha só, quem diria... 
O contrato quebrou, tudo foi acertado e um bolo depois do expediente vai por fim no período que mudou minha vida para sempre, e o que restou?
Restou a certeza de que a minha cadeira não vai ficar vazia, logo alguém com a mesma sorte que eu tive, viverá tudo isso, toda a intensidade do horário aberto ao público e toda a magia por trás das 16h, quando até a gerente mas malvada, se rende à risadas. 
Pra acabar isso de um jeito certo, eu quero muito agradecer. Eu sei que não foi fácil pra ninguém lá dentro, é difícil se adaptar e ter paciência com os novatos (sei bem disso), mas quem trabalhou comigo fez um trabalho incrível, tenho muito orgulho de dizer que trabalhei no banco com as melhores taxas (fica aí o merchan). Deixo meu MUITO OBRIGADA a quem caminhou comigo e me deu a direção do caminho das pedras, sem vocês eu já teria desistido à algum tempo atrás e aí, talvez sim, teríamos um problema.

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