Olá, estranho.
Soa engraçado que, depois de 366 dias (completos nessa quarta-feira que se iniciou chuvosa), eu só saiba o seu nome?
Queria não falar sobre isso hoje, mas é difícil, afinal, somos nós, é pano pra manga que não acaba mais, mas disso só a gente sabe.
O que eu queria te dizer é que eu tô bem, acho que depois de tanto tempo eu finalmente entendi que você não era a solução, você só era a parte bonita do problema, aí fazia tudo parecer mais fácil quando estava por perto.
Ontem eu lembrei de você, li uma frase que resumiu todo esse nosso último ano:
"Tem tudo pra dar certo, mas a gente só sabe fazer dar errado."
A gente fez tudo errado, desde o principio até aquele último abraço sem jeito. Nós fomos uma montanha russa, daquelas que dão o melhor tipo de frio na barriga no começo, mas depois assustam, assustam porque na verdade, você não espera cair, sempre tem aquele pingo de esperança que a brincadeira vai ser só uma subida infinita, mas não é, e quando o primeiro carrinho caí, o resto vai junto, é pura física.
Então a física fez seu papel, o destino também e tudo que estava indo direito, de repente, numa curva acentuada e mal sinalizada, foi para esquerda e assim a gente se perdeu.
Eu e você não éramos mais nós, e pouco tempo depois, você virou vocês. Virastes plural e eu me reservei no singular, quando penso nisso, sinto uma parcela de culpa, as crônicas/contos/cartas agora parecem um incomodo, aquela coisa chata que te puxa pra um passado que você não se importa mais e não quer mais viver.
Mas você se lembra aquela coisa de "se você pula, eu pulo" do filme Titanic? É difícil resistir, é um clássico, clássicos valem a pena serem lembrados, assim como você.
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