"Jogaram Mentos na geração Coca-cola." era o que dizia um dos inúmeros cartazes que vi durante uma passeata que ocorreu na ultima semana, no centro da cidade onde moro.
Fui pra rua como alguém que quer fazer algo pelo país, como uma futura mãe que quer apontar para o livro de história do filho e dizer: É, eu lembro dessa revolução, participei dos protestos. Assim como meus pais fizeram comigo quando estudei o impeachment do Collor.
Disseram algo sobre 12 mil pessoas, o que para uma cidade relativamente pequena e em uma noite de chuva, foi muito. Fui para a rua também pela minha memória, pela lembrança eterna de 12 mil pessoas cantando o hino nacional em frente a Prefeitura Municipal de uma forma total e completamente pacífica, foi lindo de ver aquele mar de gente unido pelo mesmo motivo e o mais incrível era que, por todos os lados, tinha gente chegando o tempo inteiro.
Foi por uma boa causa, alias, É por uma boa causa. O gigante que acordou agora não pode mais dormir, tá na hora de fazer bonito, de mostrar para, literalmente, todo o mundo que a população, quando unida e bem organizada, pode mudar o futuro de um país.
Digo com a certeza de que toda essa movimentação que tem acontecido NÃO é um problema, acredito, e espero, que tudo isso é sim a solução para todos os outros problemas.
26 de jun. de 2013
19 de jun. de 2013
CARRIE BRADSHAW
Sex and The City era uma coluna no jornal New York Observer que, em 1997, virou livro e um ano depois disso se tornou uma série exibida semanalmente pelo canal HBO, que ficou no ar até meados de 2004 e, alguns anos depois, deu origem a 2 filmes.
Tudo gira em torno de Carrie Bradshaw, suas 3 melhores amigas e suas experiencias de vida. Carrie é solteira, tem por volta de seus 35 anos, é colunista de um jornal nova-iorquino, que mora em um pequeno apartamento na Upper East Side.
Não acompanhava a série de TV, os livros e muito menos a coluna quando tudo era inédito (até porque, naquela época a única coisa que me interessava era "Barney e seus amigos") Porém, há dois anos atrás, comprei o livro que deu origem a série, mais para pôr meu inglês em prática do que qualquer outra coisa e acabei me envolvendo na história.
Carrie é um de meus fantasmas, uma das minhas âncias, escrever para uma coluna de jornal, morar em Nova Iorque e ter um closet enorme são 3 itens da minha lista mental de desejos que ela domina.
Eu e Bradshaw temos muito em comum, percebo isso a cada episódio da série que assisto.
Somos frágeis, apaixonadas e amedrontadas, assombradas pelos antigos fracassos e tentando dar um passo de cada vez.
Talvez todo o problema esteja aí, Nova Iorque é grande e rápida demais para se dar um passo de cada vez, talvez a vida toda seja, o que torna os riscos de tropeçar bem maiores.
Tudo gira em torno de Carrie Bradshaw, suas 3 melhores amigas e suas experiencias de vida. Carrie é solteira, tem por volta de seus 35 anos, é colunista de um jornal nova-iorquino, que mora em um pequeno apartamento na Upper East Side.
Não acompanhava a série de TV, os livros e muito menos a coluna quando tudo era inédito (até porque, naquela época a única coisa que me interessava era "Barney e seus amigos") Porém, há dois anos atrás, comprei o livro que deu origem a série, mais para pôr meu inglês em prática do que qualquer outra coisa e acabei me envolvendo na história.
Carrie é um de meus fantasmas, uma das minhas âncias, escrever para uma coluna de jornal, morar em Nova Iorque e ter um closet enorme são 3 itens da minha lista mental de desejos que ela domina.
Eu e Bradshaw temos muito em comum, percebo isso a cada episódio da série que assisto.
Somos frágeis, apaixonadas e amedrontadas, assombradas pelos antigos fracassos e tentando dar um passo de cada vez.
Talvez todo o problema esteja aí, Nova Iorque é grande e rápida demais para se dar um passo de cada vez, talvez a vida toda seja, o que torna os riscos de tropeçar bem maiores.
12 de jun. de 2013
MEU PEDAÇO DE BOLO
Me disseram que seria amor, mesmo que mudasse, mesmo que alguém esquecesse o que aconteceu. Mas não foi assim que a banda tocou no final das contas.
O todo-poderoso amor se transformou em pedaços de saudade e, de repente, lá estava eu, me aproveitando desses pedaços nas noites chuvosas ou quando a nostalgia era grande de mais, exatamente como eu fazia com os pedaços de um bolo de chocolate.
Quando aquela hora mágica e cor-de-rosa entre a tarde e a noite chegava, os pedaços de saudade se juntavam como em um quebra-cabeças complicado e te traziam de volta para mim. Eu me agarrava a eles como me agarrava a você antes de dormir.
Sempre soube que nosso amor seria mutável, agora sei que realmente é. Sabia desde o começo que ele se tornaria invencível e salvaria as nossas vidas, vejo que foi aí que errei.
Nosso amor não soube lidar com sua grandiosidade e se tornou o vilão. Fico pensando... Então o que eu me tornei quando também não soube lidar com você? Será que o vilão fui eu e venho a tanto tempo culpando o amor pelos meus atos falhos?
No final das contas e em um simples passe de mágica, tudo foi transformado. Engraçado mesmo é pensar que aquele amor que julgávamos ser o maior do mundo, agora se compara à uma pedaço de bolo de chocolate.
O todo-poderoso amor se transformou em pedaços de saudade e, de repente, lá estava eu, me aproveitando desses pedaços nas noites chuvosas ou quando a nostalgia era grande de mais, exatamente como eu fazia com os pedaços de um bolo de chocolate.
Quando aquela hora mágica e cor-de-rosa entre a tarde e a noite chegava, os pedaços de saudade se juntavam como em um quebra-cabeças complicado e te traziam de volta para mim. Eu me agarrava a eles como me agarrava a você antes de dormir.
Sempre soube que nosso amor seria mutável, agora sei que realmente é. Sabia desde o começo que ele se tornaria invencível e salvaria as nossas vidas, vejo que foi aí que errei.
Nosso amor não soube lidar com sua grandiosidade e se tornou o vilão. Fico pensando... Então o que eu me tornei quando também não soube lidar com você? Será que o vilão fui eu e venho a tanto tempo culpando o amor pelos meus atos falhos?
No final das contas e em um simples passe de mágica, tudo foi transformado. Engraçado mesmo é pensar que aquele amor que julgávamos ser o maior do mundo, agora se compara à uma pedaço de bolo de chocolate.
5 de jun. de 2013
A MÚSICA
Hoje, na hora do almoço, estava conversando com um colega de trabalho que, quando não está ocupado sendo bancário, é músico. Embarcamos em uma conversa sobre ritmo e equalização de músicas, até chegarmos ao X de toda a questão: a composição da letra vs. a composição da melodia.
Sou fã das letras e confesso que não boto a minha mão no fogo por quem prefere melodia.
Melodia é como atração física, primeiro encontro, troca de olhares, sorrisos trocados. É interessante, mas de nada vale se a conversa, as quatro paredes, a intimidade, a letra em si, não for boa. (Tá aí, acho que é por isso que me apaixonei por Clarice Falcão desde que escutei sua música pela primeira vez, melodia simples e letras incríveis, combinação perfeita)
Então estávamos sentados um de frente para o outro, cada um defendendo seu lado, enquanto ele dizia o quanto a melodia era importante para a música eu fiquei pensando que as duas na verdade não devem competir e sim se somar, afinal, dois positivos nunca formam um negativo, não é mesmo?
Quando chegamos a conclusão de que música só é música porque existe a harmonia entre a letra e a melodia, chegamos ao Y da questão: O tal do feeling.
Ele me disse, entre uma garfada de salmão e um gole de água com gás que, para ele, não existe música se o cantor/compositor não tiver o feeling na hora de tocar/compor, e que a falta do mesmo pode transformar a música em um problema.
Fiquei pensando que isso se aplicava para todas as outras ações que façamos na vida. Se não tiver sentimento, a dose certa de "semancol" e uma pitadinha de "vamos-ver-no-que-vai-dar", do que valem as tentativas quando não temos nada a perder mas, por outro lado, também não temos nada a acrescentar?
Conclui com o pensamento que, talvez o problema seja mesmo a falta de feeling.
Sou fã das letras e confesso que não boto a minha mão no fogo por quem prefere melodia.
Melodia é como atração física, primeiro encontro, troca de olhares, sorrisos trocados. É interessante, mas de nada vale se a conversa, as quatro paredes, a intimidade, a letra em si, não for boa. (Tá aí, acho que é por isso que me apaixonei por Clarice Falcão desde que escutei sua música pela primeira vez, melodia simples e letras incríveis, combinação perfeita)
Então estávamos sentados um de frente para o outro, cada um defendendo seu lado, enquanto ele dizia o quanto a melodia era importante para a música eu fiquei pensando que as duas na verdade não devem competir e sim se somar, afinal, dois positivos nunca formam um negativo, não é mesmo?
Quando chegamos a conclusão de que música só é música porque existe a harmonia entre a letra e a melodia, chegamos ao Y da questão: O tal do feeling.
Ele me disse, entre uma garfada de salmão e um gole de água com gás que, para ele, não existe música se o cantor/compositor não tiver o feeling na hora de tocar/compor, e que a falta do mesmo pode transformar a música em um problema.
Fiquei pensando que isso se aplicava para todas as outras ações que façamos na vida. Se não tiver sentimento, a dose certa de "semancol" e uma pitadinha de "vamos-ver-no-que-vai-dar", do que valem as tentativas quando não temos nada a perder mas, por outro lado, também não temos nada a acrescentar?
Conclui com o pensamento que, talvez o problema seja mesmo a falta de feeling.
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