Essa semana, eu completei um ano no meu primeiro emprego e me peguei pensando em como minha concepção sobre tudo lá dentro mudou.
Quando eu digo que trabalho em um banco, a maioria das pessoas já me olha torto, uma dessas pessoas até me disse "Nossa, sério? Mas você é tão legal... Como consegue?".
E se eu disser para vocês que trabalhar em um banco não é esse bicho de sete cabeças que todo o mundo pensa? Vou me explicar melhor...
No meu primeiro dia, minutos antes de ir trabalhar, eu estava suando frio, confesso. Super nervosa por toda a experiencia que iria iniciar mas também tinha outra coisa que, de jeito nenhum, saia da minha cabeça: Eu iria trabalhar no inferno terrestre.
Cresci achando que o banco é lugar de gente hipócrita e sem coração, que filas são os piores lugares do universo e que, uma vez que você está dentro, uma nuvem de mal-humor e más vibrações te envolve.
No final das contas descobri que a hipócrita era eu. Passei a olhar tudo com outros olhos e devo dizer que sentar do outro lado da mesa, é mais difícil do que parece.
As agências bancárias são abertas por apenas algumas horas (por aqui elas abrem as 11h e fecham as 16h) e, infelizmente, não são todos que podem ver o que acontece antes das portas se abrirem e depois que elas se fecham e esse sim, é o problema.
30 de out. de 2013
23 de out. de 2013
QUANDO EU CRESCER
"Não quero perder a razão para ganhar a vida/ Nem perder a vida para ganhar o pão" é uma das coisas que me vem a cabeça quando penso no que vou fazer da minha vida.
Pode ser que esse meu pensamento mude daqui uns anos, mas nessa noite de terça ele é o seguinte: De nada vale o saldo mensal da sua conta se no final de cada dia você chega do trabalho odiando o que faz.
Minha mãe é professora de História já fazem alguns anos, hoje ela leciona em dois colégios e raramente para em casa, almoça correndo, vive com provas e trabalhos nas mãos para serem corrigidos e está sempre estudando. Confesso que me canso apenas de olhar, mas algo no meio dessa correria toda que é a vida dela me fascina: Ela ama o que faz, e o melhor: se diverte fazendo.
Sempre achei uma grande sacanagem exigir de uma pessoa, de apenas dezessete anos, que ela saiba o que vai fazer para o resto de sua vida.
E se ela não passar no vestibular? E se não for tudo aquilo que ela queria? E se o desempenho não for o esperado?
A vida se enche de perguntas que tentamos responder com testes vocacionais. Confesso que fiz alguns, treze para ser mais exata, e gostei do resultado, me envaideci toda pelos elogios à minha criatividade e minha capacidade de comunicação mas, por outro lado, me enchi de outras novas dúvidas e problemas que, no final das contas, eu até agradeci por não precisar sana-las com tanta pressa.
O fato é que eu sei que o tempo vai passar e logo o problema vai se resumir em apenas uma pergunta: Publicidade ou Jornalismo?
16 de out. de 2013
DAR TEMPO AO TEMPO
Meus dias são corridos, normalmente tenho pouquíssimo tempo livre, então essa história de "dar tempo ao tempo" nunca me soou uma boa ideia. Se, às vezes, eu não tenho nem cinco minutos para fazer carinho em minhas gatas durante o dia, como eu posso estar DANDO tempo para o tempo passar?
Essa foi minha briga durante um longo tempo.
Até que, numa madrugada tediosa, quatro meses depois da tempestade, o motivo de paz voltou. Voltou e chegou lindo. Como se nada tivesse acontecido, como se o vendaval tivesse sido um sonho.
E, de repente, deixar o tempo passar, passou a fazer sentido.
Deixou todos os medos, as angustias e os "E se.." de lado, como um choque de realidade que vale a pena levar uma, duas, três milhões de vezes.
Então agora, depois da euforia da volta, agora que eu já voltei a me acostumar e que a poeira baixou...
Eu quero agradecer a quem me mostrou que, ao contrário do que eu acreditava, uma música, um par de olhos ou um pôr-do-sol podem sim, fazer a diferença.
Então fica aí o meu MUITO OBRIGADA à quem me "JJDDT", me arranca sorrisos fácil demais, me mostra todos os dias que vale a pena deixar o tempo correr a seu próprio tempo e, principalmente, me permite ser quem eu sou, toda "problemática".
É, talvez o problema seja mesmo que, como você me falou a menos de 20min atrás, o que falta em mim, é você.
9 de out. de 2013
O SILÊNCIO
Existem certas coisas que escrevo diariamente no meu bloco de notas mentais.
Confesso que esqueço 90% delas mas penso que, no final das contas, as que esqueci, talvez não fossem tão importantes assim.
Uma das notas "inesquecíveis" é: Aceitar o silêncio.
Ele grita verdades que não queremos ouvir e isso machuca.
O final de uma música, um telefonema não atendido, uma mensagem não respondida, tudo isso, todas essas formas de silêncio são como um tapa na cara, um balde de água fria nas esperanças.
Sempre fui fã de DVD's e CD's de shows ao vivo, onde não tem aqueles três ou quatro segundos de completo silêncio entre uma música e outra. Não alimenta expectativas, não nos dá tempo para pensar, apenas segue um fluxo.
Um dos motivos pelos quais eu simplesmente não aceito o silêncio é porque não o entendo.
Ao mesmo tempo que expressa entendimento, compreensão, é uma bagunça, uma confusão danada. O silêncio é complexo, só se faz entender quando analisa-se todo o contexto.
O silêncio nunca vem sozinho, talvez o problema sejam as suas más companhias.
2 de out. de 2013
A MENTIRINHA
Durante a semana, fiquei pensando nas tais "white lies" (mentirinhas).
Existe uma linha que separa as mentiras, as mentirinhas e as informações escondidas, essas nem sempre se misturam com as duas primeiras, mas o problema principal é: Quão grossa é essa linha?
Queria muito saber quem foi a primeira pessoa do mundo a mentir. Sou católica e ciente da história de Adão e Eva, sei que muitos acham que foi naquele momento da história que tivemos a primeira mentira, porém, não quero focar em nenhuma religião, ceita, credo ou algo do gênero, o ponto onde quero chegar é que nenhuma mentira é somente UMA mentira.
Para sustentar uma mentira, é necessário criar várias outras e mesclar as várias variações, incluir mentirinhas, esconder informações e assim a bola de neve vai aumentando, se tornando cada vez mais impossível de se reverter.
Entre outros motivos, o que me faz acreditar que a linha que separa os "tipos" de mentiras é tão tênue quanto um fio de cabelo (bem hidratado, lógico) é que esses tais "tipos" transitam com uma enorme facilidade entre eles, se fazendo cada vez mais autossuficientes.
O problema é que isso deixou de ser um problema e é visto como algo normal.
Afinal, é só uma mentirinha mesmo...
Existe uma linha que separa as mentiras, as mentirinhas e as informações escondidas, essas nem sempre se misturam com as duas primeiras, mas o problema principal é: Quão grossa é essa linha?
Queria muito saber quem foi a primeira pessoa do mundo a mentir. Sou católica e ciente da história de Adão e Eva, sei que muitos acham que foi naquele momento da história que tivemos a primeira mentira, porém, não quero focar em nenhuma religião, ceita, credo ou algo do gênero, o ponto onde quero chegar é que nenhuma mentira é somente UMA mentira.
Para sustentar uma mentira, é necessário criar várias outras e mesclar as várias variações, incluir mentirinhas, esconder informações e assim a bola de neve vai aumentando, se tornando cada vez mais impossível de se reverter.
Entre outros motivos, o que me faz acreditar que a linha que separa os "tipos" de mentiras é tão tênue quanto um fio de cabelo (bem hidratado, lógico) é que esses tais "tipos" transitam com uma enorme facilidade entre eles, se fazendo cada vez mais autossuficientes.
O problema é que isso deixou de ser um problema e é visto como algo normal.
Afinal, é só uma mentirinha mesmo...
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