23 de out. de 2013

QUANDO EU CRESCER

"Não quero perder a razão para ganhar a vida/ Nem perder a vida para ganhar o pão" é uma das coisas que me vem a cabeça quando penso no que vou fazer da minha vida.
Pode ser que esse meu pensamento mude daqui uns anos, mas nessa noite de terça ele é o seguinte: De nada vale o saldo mensal da sua conta se no final de cada dia você chega do trabalho odiando o que faz. 
Minha mãe é professora de História já fazem alguns anos, hoje ela leciona em dois colégios e raramente para em casa, almoça correndo, vive com provas e trabalhos nas mãos para serem corrigidos e está sempre estudando. Confesso que me canso apenas de olhar, mas algo no meio dessa correria toda que é a vida dela me fascina: Ela ama o que faz, e o melhor: se diverte fazendo. 
Sempre achei uma grande sacanagem exigir de uma pessoa, de apenas dezessete anos, que ela saiba o que vai fazer para o resto de sua vida. 
E se ela não passar no vestibular? E se não for tudo aquilo que ela queria? E se o desempenho não for o esperado? 
A vida se enche de perguntas que tentamos responder com testes vocacionais. Confesso que fiz alguns, treze para ser mais exata, e gostei do resultado, me envaideci toda pelos elogios à minha criatividade e minha capacidade de comunicação mas, por outro lado, me enchi de outras novas dúvidas e problemas que, no final das contas, eu até agradeci por não precisar sana-las com tanta pressa. 
O fato é que eu sei que o tempo vai passar e logo o problema vai se resumir em apenas uma pergunta: Publicidade ou Jornalismo?

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