3 de jul. de 2013

ESPARTA ALEGRE

Estranho mesmo é não sentir nada.
Nada dói, nada provoca riso, nada levanta o vôo das borboletas em meu estomago, nada me faz chorar. É como se fosse apenas uma caixa de ossos andando por aí, com o olhar percorrendo cada esquina mas sem encontrar nenhum ponto fixo.
Presto atenção no que dizem, mas não dizem nada que me interessa, então abstraio e me auto-abduso para outro mundo, o meu mundo.
Confesso que roubei Esparta Alegre de Humbeto Gessinger. Vivo fugindo pra lá quando as coisas na Terra ficam difíceis de aguentar...
Lá sou eu quem governa as coisas e, nos últimos 17 anos, não houve nenhum protesto para me tirar do poder, acho até que os Esparta-alegranos gostam de mim, ou pelo menos é isso que o jornal local diz. Lá sou escritora, com uma infinidade de livros escritos e artigos publicados.
É em E.A que vive o meu melhor fantasma. Gosto das visitas periódicas ao meu mundo, porque no momento em que o fantasma encontra minha caixa de ossos andante, tudo se encaixa, é como eles se pertencessem.
Sinto falta das férias prolongadas em Esparta Alegre...Talvez o problema seja que as passagens espaciais agora estão caras demais... Ou será só a falta de tempo?

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